Fonte:FNPETI
A Escola Superior do MPU, em parceria com a Associação Cidade Escola Aprendiz, lança um curso para conselheiros tutelares sobre trabalho infantil. As aulas serão realizadas à distância, pela internet, entre os dias 06 de março a 28 de abril de 2017. Clique aqui e faça sua inscrição até o dia 27/01. Confira também o edital.
Idealizada pela Procuradora do Trabalho Elisiane Santos, a formação oferece 500 vagas, disponíveis em todo o país. As inscrições estão disponíveis até o dia 27 de janeiro.
Segundo a Procuradora, o objetivo do curso é aperfeiçoar os conselheiros tutelares na temática, rompendo eventuais mitos e oferecendo um trabalho mais aperfeiçoado e integrado.
Em conversa com o Rede Peteca – Chega de Trabalho Infantil, Elisiane contou como será a formação. Confira:
Rede Peteca: Como surgiu a ideia de criar um curso para conselheiros tutelares?
Elisiane Santos: No âmbito do Ministério Público do Trabalho – por meio da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (COORDINFÂNCIA) – nos preocupamos com a formação dos conselheiros tutelares. Temos realizado ações neste sentido, com cursos presenciais em diferentes cidades. Eles têm mostrado bons resultados, mas é mais difícil reunir todos os conselheiros, em datas especificas.
Em razão da necessidade de aperfeiçoamento dos conselheiros na temática do trabalho infantil, pensamos em desenvolver um projeto à distância. Tivemos a ideia de buscar a parceria com o Aprendiz, que já tem experiência em formação de educadores.
Como o curso é organizado?
Ele tem cinco módulos. O primeiro trata sobre a história social da infância. Depois, na segunda etapa, falamos sobre o trabalho infantil como violação de direitos humanos, citando marcos normativos nacionais e internacionais. No terceiro módulo, abordamos os prejuízos decorrentes do trabalho infantil para a formação e desenvolvimento. Por fim, nos módulos finais, debatemos o papel dos conselheiros tutelares no combate ao trabalho infantil, para que o enfrentamento da violação de direitos seja realizado com maior efetividade.
Qual é a importância da formação para os conselheiros?
Nós observamos que muitos conselheiros tutelares desconhecem a temática do trabalho infantil. Eles sempre atuaram em torno de questões que envolvem atos infracionais e poder familiar. Quando começaram a chegar denúncias do Disque 100, muitos conselheiros não tinham conhecimento técnico para dar encaminhamento a elas.
Quais serão os benefícios da experiência?
Traremos um novo olhar para o problema do trabalho infantil, sendo uma violação de direito, praticada contra crianças e adolescentes, que deve ser compreendida e enfrentada como todas as demais violências.
Neste caso, nos deparamos com muitos mitos culturais, que naturalizam o trabalho infantil na sociedade. Formando os conselheiros, nós rompemos eventuais mitos e oferecemos um trabalho mais aperfeiçoado e integrado.
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